Falando sozinha com as Paredes #10: Data Art
Olar!
Chegamos a nossa 10ª edição e hoje tô aqui falando sozinha sobre arte com muitas imagens pra inspirar vocês. ;)
✨Data Art
A visualização de dados não está restrita aos gráficos de negócios: é possível também transformar dados em arte. E aí, cara pessoa leitora, o céu é o limite!
Nathalie Miebach é uma artista norte-americana que transforma dados científicos relacionados a meteorologia e mudanças climáticas em esculturas tridimensionais. A obra acima foi feita a partir da tradução visual dos dados meteorológicos durante uma tempestade em 28 de outubro de 1991.
Outra artista que também explora a visualização de dados artística é a brasileira Barbaria Castro. Em sua instalação chamada "Preamar" ela utilizou dados da pressão arterial da sua mãe, coletados por 24h, e construiu o que chama de uma sobreposição de duas projeções de uma maré de dados do corpo.
Se a visualização de dados por si só já foi algo revolucionário para a forma que entendemos o mundo, conforme conta esse artigo da New Yorker (em inglês), fico na expectativa para acompanhar com a arte vai se apropriando, questionando e ressignificando essas ferramentas em um contexto de grande volume de dados como temos hoje.
🐦 Fechando 100 dias
Quem me acompanha pelo instagram sabe que passei os últimos meses envolvida com meu projeto de 100 dias. Falei um pouquinho sobre ele aqui também. Depois de dias de atraso, a teimosia falou mais alto e finalmente terminei esse desafio.
Qual seja sua área de interesse, desenho, escrita, programação, artesanato, recomendo muito se colocar um desafio diário do tipo. A prática diária pode não necessariamente resultar nas melhores produções que você já fez, mas com certeza vai abrir seus olhos para novos caminhos e possibilidades.
🧑🎨Atacando de artista
Práticas no Sketchbook
Quando eu vi essa postagem da ilustradora Jennifer Xiao imediatamente pensei que daria uma boa proposta de prática de exercícios de desenho, combinação de cores e composição de elementos. Lembrei um pouco também das práticas e aquecimentos que faço com formas e tinta guache - como a da imagem de capa dessa newsletter.
Na prática não tem muito segredo: divida sua página em pequenos quadrados ou retângulos. Então vá preenchendo cada um deles com pequenas composições diferentes, explorando possibilidades de formas geométricas distintas e combinações de cores, ou até mesmo utilize o alto contraste do preto e branco.
Os materiais podem ser os que você tiver mais intimidade ou a mão mesmo: lápis de cor, aquarela, canetinha hidrocor, etc. Também é uma boa oportunidade para descobrir e se habituar a diferentes materiais antes de usá-los em uma peça mais elaborada.
O principal ponto desse tipo de exercício é realmente explorar possibilidades e combinações. Não comece com a expectativa de finalizar com uma grande e complexa obra (ainda que eu ache os resultados muito legais), mas foque nas alternativas que você irá descobrir ao longo do caminho.
✨Andorinea indica
A internet em 1994: direto do túnel do tempo
Achei engraçado esse vídeo (em inglês) que mostra três apresentadores de um programa gringo, lá de 1994, discutindo sobre o que é internet. Naquela época tudo parecia tão abstrato e de outro mundo.
Leituras afundam em dias normais
Quando eu postei que estava lendo o Cidades afundam em dias normais, da Aline Valek, mais de uma amiga veio me perguntar sobre o que eu estava achando. Eu sou suspeita pra falar porque adoro tudo que a Aline faz, mas recomendo bastante essa leitura também.
Ainda não terminei o livro por aqui, mas a narrativa toda flui através de capítulos curtos que vão construindo as histórias dos personagens e sua relação com Alto do Oeste, uma cidade do Cerrado que ressurge após ter afundado para dentro de um lago. Nesse ponto não pude deixar de pensar no paralelo com a própria Brasília, que na finalização de sua construção inundou a vila dos operários e trabalhadores que construíram a cidade.
👀 Pra ficar de olho
O módulo de cursos do ArtStation (em inglês) está liberado e gratuito até o fim deste ano. Lá tem conteúdos de pintura digital, artes tradicionais, 3D e muito mais. Vale a pena explorar.
Por hoje é isso, pessoal!
Se curtiu, não deixe de compartilhar, sua recomendação é muito importante pra essa newsletter ir mais longe. ❤️
Um abraço,
Izadora Netz