#5 Viajar sem sair de casa
Olar!
Os três primeiros meses deste ano passaram voando e cá estamos em abril. Em meio a todo esse caos, espero que você esteja bem por aí.
Falando em abril, estão usando o calendário que mandei na última newsletter? O meu está aqui coladinho do lado do computador. Se estiver usando, me manda uma foto! :)
📔 Revisitando lembranças
Ou de como um diário de viagem de dois anos atrás parece ter vindo de uma realidade paralela
Como teria sido seu ano sem a pandemia. Quantos abraços não seriam perdidos, quantos encontros não seriam interrompidos, quantos outros lugares novos a gente redescobriria?
Na primeira semana de março de 2020 eu tinha acabado de me casar e fomos no mesmo fim de semana participar de uma feira gráfica em Goiânia (que é bem pertinho daqui de Brasília). Feira e-cêntrica, saudades.
Os óclinhos caindo e toda a inocência de quem não sabia que eram os últimos dias de sossego
Foto de Layza Vasconcelos, Feira e-cêntrica @negalilu e @ecentrica
Lembro da empolgação que a gente tinha de que naquele ano íamos conhecer todas essas cidades e locais incríveis daqui do Cerrado. Aí aconteceu todo desastre que a gente sabe bem, especialmente aqui no Brasil (especialmente por culpa de vocês sabem quem). E estamos aqui fechando dois anos de Brasília e a Chapada dos Veadeiros, tão visitada por aqui, pra mim continua só no campo das ideias.
Enquanto fechamos um ano de pandemia nesse último março, eu mais uma vez me volto olhando pra lembranças de dias não tão distantes, mas que hoje parecem ter saído de uma realidade paralela. Se por um lado não consigo deixar de me sentir frívola ao falar de viagens em meio a tanta dor e fatalidades, por outro lado são as pequenas coisas (os desenhos, as videochamadas, as lembranças) que têm segurado as pontas por aqui.
Nesses últimos dias, depois de muitos meses procrastinando, finalmente finalizei a edição do diário de nossa primeira grande viagem juntos (eu e meu marido), da primeira vez que pus os pés no velho continente.
No blog eu detalho mais sobre o processo, tanto da criação em 2019 quanto da edição digital agora em 2021.
E lembrando que registros de viagem não precisam ser só pra lugares super distantes, também compartilhei aqui o diário com detalhes de uma viagem a São Paulo (da época em que ainda morava em Porto Alegre). Ou aqui no meu twitter também tem um pouco sobre minha mudança pra Brasília em 2019. Também é uma viagem né?
Enfim, espero que esse papo de viagem não desperte gatilhos nesse momento, mas que traga algum conforto e uma pontinha de algo mais pra se segurar.
✈️🏠Sobre viajar de casa
Além de visitar as próprias lembranças, com toda essa produção de conteúdo que tem na internet a gente também pode visitar outras cidades com nossos guias particulares e sem sair de casa.
Por aqui a gente tem feito praticamente maratona dos vídeos do Max Petterson. É um moço tagarela, estudante de teatro e muito engraçado. É uma delícia conhecer tantos lugares lindos de Paris com ele.
Se você ainda não conhece o canal dele, recomendo esses dois vídeos: Parc de Bagatelle e Mangando e Aprendendo nos Jardins de Versalhes - parte 2.
Lembrei também que a Manu Barem, ex editora do Buzzfeed Brasil, se mudou há pouco tempo para Irlanda e de lá tem feito stories em que “leva as pessoas pra passear”. Basicamente ela pega um busão comum e ficando dando umas voltas por lá e filmando tudo, enquanto conhece mais de sua nova cidade com a gente. É outra possibilidade de um passeio gostoso pra quem quer visitar novos lugares sem precisar se expor.
E falando de viagens, também lembrei do blog da minha amiga pessoal Grazi, o Apenas minha jornada. Lá tem bastante conteúdo sobre várias cidades que ela visitou quando morava na Europa, com fotos lindíssimas de cada lugar (pois fotógrafa profissional <3). Recomendo conferir e viajar por lá também.
✨ Andorinea indica
A gente sempre aprende muito vendo como outros artistas produzem suas obras, né? Mas não deixa de ser uma experiência que mistura admiração e assombro. Ao menos é assim que fiquei ao assistir esse vídeo da Heikala, artista finlandesa, produzindo uma aquarela enorme usando esses blocos/bastões de tinta (em inglês chamam Ink Sticks).
Eu fico perplecta pela naturalidade na execução de uma atividade tão complexa, uma obra cheia de detalhes e camadas. Longe de mim acreditar em talento e essas bobajadas todas, acho que é pura admiração de quem sabe quantas horas de prática são necessárias para chegar nesse nível de domínio.
👀 Eventos para ficar de olho
Mais uma vez lembrando que amanhã começa o Processing Day! Você pode acompanhar grande parte da programação de graça pelo Youtube. Estou empolgada e não sei muito bem o que esperar, mas vai ser massa e recomendo.
Fez boa viagem?
Espero que sim e encontro você na próxima ;)
Izadora Netz