Olar!
Vou ignorar o contexto, fingir que não tô há mais de ano parada aqui, que muito do que tá nessa edição era de um rascunho antigo (mas calma, tem suas edições). Só vou mandar uma mensagem natalina e agir com naturalidade.
Valeu natalina!
Pra quem chegou agora, boas vindas! Aqui eu converso e trago conteúdos sobre coisas relacionadas às artes visuais, design, tecnologia, programação e outros que orbitam o meu universo. Espero que curta a seleção aleatória!
Você sabe o que é um design ruim?
Pergunte para alguém, inclusive quem não é da área de design, o que é um exemplo de um design ruim e certamente alguém dirá, sem titubear: “COMIC SANS!”. Contudo, a resposta pode não ser tão simples quanto parece. E, inclusive, com relação a esse preconceito contra a Comic Sans, há quem defenda essa injustiçada fonte, como a ilustradora e designer Paula Cruz, com seu maravilhoso projeto “I’m Comic Sans, asshole.”
De qualquer maneira, é importante ter atenção a alguns pontos que podem comprometer a concepção de uma peça gráfica, site, interfaces, etc., prejudicando a experiência de seus usuários. Este artigo, de Renee Fleck para o Dribble, dá uma boa introdução do que pode ser considerado um design ruim, com exemplos e estratégias de como evitar.
O artigo é em inglês, mas já posso adiantar alguns pontos interessantes levantados:
Design muito confuso e com elementos demais
Inconsistências na UI
Problemas na hierarquia de tipografia
Iconografia confusa
Design de formas mal executado
Problemas de alinhamento
Imagens irrelevantes
Falta de contraste
Falta de pesquisa com usuário
Falta de acessibilidade
E o que seria um bom design?
Eu diria que tão difícil quanto identificar (e explicar os porquês) de um design ruim também é definir com precisão o que seria um bom design, ou um design exemplar. Talvez a gente até tenha aquela intuição, mas nem sempre é tão simples conseguir explicar exatamente o porquê.
Nesse artigo do Google (em inglês), profissionais da área de design dão suas opiniões e exemplos práticos sobre o que consideram bom design. Particularmente, concordo muito com o exemplo da chaleira elétrica: design autoexplicativo e direto ao ponto. Se fosse incluir um outro item, além dos apresentados no artigo, adicionaria o design dos lápis com borracha na ponta. Prático, portátil.
Um belíssimo código
Que um código pode produzir coisas bacanas a gente sabe, mas que ele em si pode ser algo belo talvez seja novidade. Pra mim pelo menos foi realmente inusitado descobrir uma competição que premiou o mais belo código, com direito a exposição em galeria de arte e tudo mais.
A engenheira de software, Viktoryia Rymkevich, exibe seu belo código vencedor.
E o que eu acho mais massa dessa história é que o código funciona direitinho ainda. Que do desenho de uma função com um guarda-chuva no meio é gerada uma chuvinha de dois pontos. Achei o máximo!
… C2PA quem?
O C2PA (Coalition for Content Provenance and Authenticity) é uma iniciativa liderada pela Microsoft e pela Adobe que visa combater a desinformação e a propagação de notícias falsas na internet. A coalizão tem como objetivo desenvolver uma tecnologia que permita rastrear a origem do conteúdo digital e verificar sua autenticidade. A ideia é criar uma "etiqueta de autenticidade" para o conteúdo online, que possa ser verificada por meio de uma ferramenta integrada aos principais navegadores da web. O C2PA conta ainda com a participação de várias outras empresas, incluindo a BBC, a Intel e a Arm.
Num discurso bonitinho, o objetivo é “O objetivo final é tornar a internet um lugar mais seguro e confiável para todos os usuários” Contudo, há discussões sobre privacidade e possíveis retaliações no caso de produção de conteúdo que, por exemplo, ainda que não seja falso, critique governo, entre outros, uma vez que cada alteração poderá ser rastreada.
Eu gosto muito das análises e provocações do Fireship, e esse Code Report sobre o assunto vale muito a pena pra iniciar a discussão:
👩🏻🎨 Atacando de artista
Nesse último ano corrido consegui arranjar um tempinho para atualizar minha produção de materiais impressos. Siiim, aqui é time tecnologia e também time papel. 🤝
Costumo participar de algumas feiras gráficas aqui em Brasília e nas últimas edições levei modelos de postais novos, adesivinhos e outras coisas fofinhas.
Talvez um pequeno spoiler: pretendo fazer uma mini coleção dentro dessa interface tecnologia e artes… 👀
✨Andorinea indica
Uxcel
Seria esse o duolingo de UX? Pra mim é uma comparação justa, já que eu amo ambos. O Uxcel é uma plataforma em que você aprende e fixa conceitos de design gráfico, design de interface e experiência do usuário na prática, através de exercícios e muitos recursos de gamificação pra manter a motivação ao longo do processo. Lá dentro você ainda pode fazer um upgrade e ter acesso a mais funcionalidades na versão paga, mas a versão free já disponibiliza conteúdos muito legais e úteis.
Confira em https://uxcel.com/ (em inglês)
(Re)Apaixonar por tecnologia
Esbarrei nesse artigo do blog do Figma (em inglês) e ressoou forte em mim. Você que curte a área de tecnologia, já parou pra pensar no porquê? Nos porquês? E se bateu o desencanto, já tentou voltar ao início, praquele lugar em que os olhos brilharam pela primeira vez? A Carly Ayres entrevistou alguns profissionais de tecnologia e propõe algumas perguntas pra fazer esse exercício. Das 36 perguntas, as minhas favoritas são:
Descreva um momento em que alguma tecnologia abriu um mundo de possibilidades para você.
Como a tecnologia ajudou você a encontrar sua comunidade?
Se você conhecesse alguém hoje, em uma sala de bate-papo, o que diria sobre você?
Como a tecnologia influenciou seus relacionamentos e conexões com outras pessoas?
De que forma você espera que a tecnologia evolua para melhor servir a humanidade?
Sobre motivações
Amo tudo que é da Aline Valek (sim, sou valekerrr), mas essa tirinha em especial me pega na questão do eterno embate entre satisfazer as vontades imediatas versus ter a paciência pra alcançar os objetivos e motivações de longo prazo. (E aí, vocês também tem medo do que o “diabão” pode falar?)
Tô tão tristinha…
…alguém me dá um Axi Pen Plotter pra eu desenhar usando código?
Catálogos 0800
Pra quem está sem espaço em casa e sem dinheiro$$$ sobrando para as lindíssimas edições impressas de catálogos de exibições, a dica é conferir os catálogos digitais disponíveis gratuitamente no site do CCBB.
Já tenho os meus favoritos:
Tarsila do Amaral, Zeitgeist A Artes da Nova Berlim e Movimento Armorial: 50 anos.
Ex-libris: Clube do Livro Ditec
Como uma aluna egressa de um curso de Letras, sempre tive gosto pela leitura, mas nunca tinha consigo participar de um clube do livro. Muitas vezes pelo tempo, porque o pessoal segue um cronograma bem corrido e nem sempre consigo acompanhar. Deu sorte de descobrir um clube do livro lá no trabalho, e o pessoal tem um ritmo muito flexível e discussões muito bacanas. Fico muito feliz de ter me encontrado com esse pessoal. Fica a dica pra quem quiser acompanhar nosso último episódio sobre silêncio dos inocentes. Esse foi gravado “presencialmente”, então tem momentos de conversas paralelas caóticas, mas foi muito divertido.
E por hoje é isso!
Um ótimo 2024 pra vocês e nos vemos em janeiro por aqui.
Até a próxima e, se quiser dar uma força, compartilha aí!