Olar!
Ainda que muito contestadas (e com razão), as Olimpíadas de Tóquio 2020 enfim iniciaram agora em 23 de julho e se encerram no dia 8 de agosto (lembrando que na sequência temos os Jogos Paralímpicos, de 24 de agosto a 5 de setembro!).
Mesmo com o gosto amargo de realizar um evento desse porte em meio a uma pandemia (em meio sim, então não tira sua máscara ainda, obrigada), o espírito de competições esportivas continua mobilizando a internet. Em especial as medalhas da Rayssa no skate e da Rebeca na ginástica artística animaram a timeline por aqui e trouxeram um pouco de alegria pra esses últimos dias.
Falando sem palavras: os pictogramas nas Olimpíadas
Em um evento enorme e internacional como os jogos olímpicos, a comunicação com certeza é um grande desafio. Imagine conseguir se localizar dentro dos complexos esportivos quando você não fala a língua local? E agora pense que isso se aplica para as línguas diferentes dos diversos países participantes! Pensando na sinalização, por exemplo, ia ficar complicado incluir uma tradução de tudo, não é?
Foi com o intuito de facilitar essa comunicação que a capital japonesa, quando também foi sede Olímpica, mas lá em 1964, criou símbolos visuais para a identificação dos esportes. Os pictogramas são representações gráficas que buscam transmitir uma ideia ou conceito sem utilizar palavras. Vale lembrar que, em uma aplicação que envolve culturas de diversas partes do mundo, o desafio está em criar representações que façam sentido para um público de repertório muito diverso.
Além disso, é interessante acompanhar a história dos pictogramas através das criações nas diferentes edições olímpicas, porque eles acabam por não representar apenas a atividade esportiva em si, mas também carregam uma narrativa das tendências visuais da época e também certa identidade local.
Voltando para os jogos desta edição de 2020, uma das apresentações que mais chamou a atenção na cerimônia de abertura foi justamente a versão, digamos que, live action dos pictogramas:
Vemos, assim, que os pictogramas vêm sendo explorados através de diferentes mídias. Particularmente, acredito que combinar a atuação e performance com os desenhos expande a leitura e torna a experiência ainda mais rica.
Também cabe destacar que nestas Olimpíadas foram apresentados, pela primeira vez, os pictogramas em versões animadas:
Se a partir de 1964 esses símbolos já revolucionaram a forma como utilizamos representações visuais para comunicação, fico na expectativa de como serão apresentadas e exploradas essas novas mídias nas edições futuras.
👩🏻🎨 Atacando de artista
Pictogramas revisitados
Inspirada pelo espírito olímpico e pelo design dos pictogramas, também decidi criar a partir dessas representações visuais simbólicas. É um ótimo exercício de entender como tornar uma representação visual significativa e objetiva.
Pra isso, tomei por base os pictogramas desta última edição e a partir deles fui “quebrando” cada imagem em formas geométricas mais básicas ainda. Essa etapa ajuda a entender melhor cada desenho além de servir de base para a exploração de outras alternativas visuais.
Depois escolhi duas mídias distintas: colagem e código pra explorar possibilidades e também me divertir um pouco 😉
Colagens
Para as colagens, segui sem muito apego e técnica, utilizando os restos de papeis coloridos e testando novas texturas e combinações de cores.
Gostei bastante do resultado final e, não fosse a falta de tempo, acho que poderia ficar mais horas e horas só montando as imagens de outros esportes e testando materiais diferentes, como a linha que apliquei para representar a fita da ginástica rítmica.
CSS
Pra quem não é muito familiarizado com o universo de Front End, CSS (do inglês Cascading Style Sheets, ou Folhas de Estilo em Cascata) é uma linguagem utilizada para formatar visualmente um documento web. Assim como mostrei em edições passadas que é possível desenhar com código usando Python, o CSS, utilizado junto com HTML, também é uma alternativa para criar e explorar visuais.
Por falta de prática, minha primeira tentativa não ficou lá essas coisas, mas me diverti muito no processo e quero tentar mais coisas do tipo em breve. Quem quiser conferir o código em ação, está disponível aqui no meu Code Pen.
✨Andorinea indica
Latinoamérica Charas
Os mascotes não oficiais dos países da América Latina, criados pelo estúdio Pictoline, são tudo. Não sei vocês, mas eu já quero um bonequinho da oncinha passista do Brasil, obrigada.
Gráficos
Pra quem quer acompanhar as Olimpíadas em gráficos, a Bloomberg tem esse painel interativo bem completo.
E se você quiser criar suas próprias visualizações de dados do evento, aqui vão algumas ideias.
Stray
Não é Olimpíadas, mas é gatinhos, então pode.
Fiquei com sentimentos conflitantes ao conhecer Stray através desse video do IGN: curiosa pra conhecer mais sobre esse jogo protagonizado por um gato de rua, mas com aquela dor no coração de ver um bichinho passar pelos perrengues. Pra mim a grande pergunta que fica é: tem ninguém não pra abraçar esse gatinho? 🥺
E ainda, imagina um jogo desse situado no Brasil, protagonizado por um viralata caramelo? Seria sucesso.
👀 Pra ficar de olho
Esse é pra quem não quer aprender sozinho: Clube de Leitura Python. O primeiro encontro foi em 30/07 e o segundo está programado para 13/08. Mais infos em:
https://clube-de-leitura-python.github.io/pense-em-python-2021
Por hoje é isso, pessoal!
Tive um pequeno atraso com relação ao dia que me programei pra essa edição. A ideia era enviar sábado, mas agora pensando, não sei seria melhor enviar durante a semana. Me conta o que você prefere, se você costuma ler mais e-mails no fim de semana ou se internet só durante dias úteis.
E se você gosta do que lê por aqui, não se esquece de compartilhar com amigas e amigos que você acha que curtiriam esse conteúdo também!
Um abraço forte e vacinado (50% imunizada!!)
E que venham os Jogos Paralímpicos!